Loterias sofrem recorde de assaltos nos últimos dias
22/06/2012 - noticias /Edição 1577
Uma onda de assaltos tem preocupado proprietários de casas lotéricas da região. Só neste mês, quatro loterias foram assaltadas e duas escaparam por pouco da tentativa de roubo. De acordo com os responsáveis das casas, a ação é semelhante.
– Um homem alto, moreno e de boné, que quase cobre os olhos, chega como quem vai fazer uma aposta e passa um bilhete à funcionária da loja escrito "É um assalto, estou armado passa tudo sem alarme senão morre". Ele mostra a arma ou o volume na cintura e com medo, a funcionária entrega o que tem no caixa. Em seguida ele foge. Tudo muito rápido – relata Salvador Leal, responsável pela loteria Julyana, que fica no Tauá, e foi assaltada na última segunda-feira (18).
Leal conta que fez o registro da ocorrência na delegacia no mesmo dia e em contato com outros colegas de profissão soube dos assaltos que aconteceram da mesma forma. "Juntamos as informações e entendemos que só pode se tratar do mesmo assaltante. Fui à delegacia, mas me sinto desprotegido. Ele levou R$ 1000 reais e espero que a polícia aja com rigor para pegar este homem", disse.
No dia seguinte, foi a vez da Loteria Ilha da Sorte no Cacuia passar pelo mesmo problema. "Foi no horário de almoço, por volta das 14h, quando o movimento da loteria diminui. Ele passou o bilhete para uma funcionária minha, mas ela correu para dentro da loja e ele acabou indo embora", conta o responsável pela loteria, que não quis se identificar. Por volta das 15h30 da mesma terça-feira (19), a loteria Sortex, que fica na Estrada do Rio Jequiá foi assaltada.
– Eu estava parada na frente da loja, quando dois homens chegaram e um deles encostou a arma na minha cintura e anunciou o assalto. Um era alto, moreno, magro e usava boné. O outro baixo e também estava de boné, óculos escuros e uma mochila. Eles levaram quase dois mil reais – conta Lurdes Carvalho que registrou a ocorrência na 37ª DP.
A funcionária Sheila Maria, da Loteria dos Bancários, conta que só acreditou no conteúdo do bilhete quando o suspeito levantou a camisa e mostrou a arma. O assalto aconteceu na semana passada, no dia 11 de junho. "Ele ficou na fila e quando chegou a vez dele peguei a aposta para fazer e li o bilhete ameaçador. Passei R$ 1200 e ele fugiu correndo", conta Sheila que descreveu o suspeito com as mesmas características dos outros assaltos. A Loteria da Estrada Governador Chagas Freitas, nas proximidades do shopping também foi assaltada no dia 11 de junho.
O alarme da loteria Ciganinha que fica no Assaí, evitou o assalto. Na sexta-feira (15), por volta das 14h, o suspeito tentou aplicar o golpe, mas a funcionária leu o bilhete e imediatamente acionou o alarme.
– Ele saiu correndo com o som do alarme e deixou o bilhete para trás. Eu o guardei, mas não registrei o caso. Fico receoso de ficar mais de duas horas esperando atendimento na delegacia para depois servir apenas de estatística, e nada ser resolvido – diz o responsável pela lotérica que não quis se identificar com medo de novos ataques.
Nesta quinta (21), uma funcionária da 37ª DP informou à reportagem do Ilha Notícias que em razão do ponto facultativo da Rio+ 20, o delegado, que poderia dar informações à imprensa sobre o caso não se encontrava. Já o comandante do 17º BPM, o tenente Coronel Ezequiel de Mendonça disse que em todos esses locais, a ronda policial é feita diariamente.
A reportagem acima foi veiculada nas páginas do ILHA NOTÍCIAS e a parte mais interessante de todo noticiário é o último parágrafo (vamos repetir, pois merece ser apreciado para uma maior visão crítica). Diz a reportagem:
Nesta quinta (21), uma funcionária da 37ª DP informou à reportagem do Ilha Notícias que em razão do ponto facultativo da Rio+ 20, o delegado, que poderia dar informações à imprensa sobre o caso não se encontrava.
Conforme estatísticas recentes sobre violência urbana no Brasil, a incidência de assaltos, furtos e roubos em nossas grandes cidades acontecem justamente em épocas de feriados e finais de semana e, pasmem, a notícia acima veiculada: "em razão do ponto facultativo da Rio+20 o delegado não se encontrava trabalhando". Ponto facultativo minha gente, é para funcionário público que trabalha de segunda a sexta e não para aqueles que trabalham em serviços essenciais como a área de segurança. Para esses funcionários existe "escala de trabalho". Se o delegado não estava presente deveria existir um delegado substituto de plantão DENTRO DA DELEGACIA. Isso na prática não acontece. Nem mesmo ocorrências são feitas em feriados, o que é um grande absurdo.
O povo não pode pensar que não vale a pena procurar a polícia pela sua inércia, achando que isso se tornará apenas mais um caso de estatística em seus registros. A polícia tem que estar apta e preparada a trabalhar em qualquer hora do dia ou da noite a serviço do bem estar da população e isso um dia vai acontecer.
VAMOS FICAR DE OLHO, GALERA !!!
Divulgação : ILHA EU AMO EU CUIDO - O Blog da Ilha do Governador
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